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26 de março de 2018O excesso de gordura acumulada no fígado é conhecida como esteatose hepática. A esteatose tem se tornado cada vez mais conhecida da população pelo aumento da obesidade e por ser um resultado cada vez mais comum em exames de ultrassom ou ecografia.
Hoje, dividimos a esteatose em dois grandes grupos:
- Esteatose em pacientes que consomem cronicamente muita bebida alcoólica;
- Esteatose em pacientes que consomem pouco ou que não consomem bebidas alcoólicas, chamada de Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA);
A doença hepática gordurosa não alcoólica é cada vez mais comum em todo o mundo, especialmente nas nações ocidentais. Nos Estados Unidos, é a forma mais comum de doença hepática crônica, afetando cerca de 80 a 100 milhões de pessoas.
A doença hepática gordurosa não alcoólica pode ocorrer em todas as idades, especialmente em pessoas de 40 e 50. A DHGNA também está intimamente ligada à síndrome metabólica, que é um conjunto de anormalidades, incluindo aumento da gordura abdominal, resistência à insulina, hipertensão arterial e níveis sanguíneos elevados de colesterol e/ou triglicerídeos.
Quais os risco do excesso de gordura no fígado?
A Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica é um nome para várias fases da doença, que se inicia com esteatose, ou seja, apenas o excesso de acúmulo de gordura nas células do fígado. A esteatohepatite não alcoólica, uma forma potencialmente grave da doença, ocorre quando há inflamação do fígado associado ao excesso de gordura, que pode progredir com cicatrizes e danos irreversíveis.
Este dano é semelhante ao dano causado pelo uso intenso de álcool. Em 20% dos casos a esteatohepatite não alcoólica progride para cirrose podendo levar a insuficiência hepática assim como câncer do fígado (carcinoma hepatocelular).
Quais os fatores de risco?
Os especialistas não sabem exatamente por que algumas pessoas acumulam gordura no fígado, enquanto outras não. Da mesma forma, ainda não se sabe por que alguns fígados gordurosos desenvolvem inflamação e evoluem para a cirrose. Entretanto, alguns fatores de risco já foram associados a DHGNA:
- Obesidade e sobrepeso com obesidade central
- Diabetes mellitus
- Dislipidemia (aumento do colesterol e/ou triglicérides)
- Hipertensão arterial
- Medicamentos: amiodarona, corticosteroídes, estrógenos, tamoxifeno.
- Toxinas ambientais: produtos químicos
- Esteróides anabolizantes
- Cirurgias abdominais: bypass jejuno-ileal, derivações bilio-digestivas.
- Hepatite crônica pelo vírus C
- Síndrome de ovários policísticos
- Hipotiroidismo
- Síndrome de apnéia do sono
- Hipogonadismo
- Lipodistrofia, abetalipoproteina, deficiência de lipase ácida.
Como é feito o diagnóstico
A maioria dos casos é descoberta por acaso, através de exame de ultrassonografia realizado por outros motivos. Assim como a esteatohepatite pode ser desconfiada após alterações em exames de sangue realizados também por outros motivos. A esteatose é uma doença silenciosa, ou seja, normalmente não tem sintomas. Os sintomas geralmente aparecem nos estágios finais da doença, ou seja, quando já há cirrose ou o câncer do fígado.
Desta maneira, os pacientes que apresentam os fatores de risco devem ser avaliados pelo médico e serem avaliados periodicamente através de ultrassonografia (ou ecografia) e exames de sangue.
Caso se confirme alteração compatível com esteatose na ultrassonografia, o médico responsável irá avaliar a necessidade de confirmar e quantificar a concentração de gordura no fígado através de ressonância magnética.
A ressonância magnética é importante nesses casos porque o ultrassom não é capaz de afirmar que a alteração do fígado seja por excesso de gordura.
Outras substâncias podem depositar em excesso no fígado, como ferro, glicogênio e amiodarona e todos aparecem igual na ultrassonografia. Além disso, nada impede que um paciente tenha mais de uma substância em excesso no fígado, como gordura e ferro ao mesmo tempo.
Apenas a ressonância magnética é capaz de dizer se tem excesso de gordura e/ou de ferro e dizer a quantidade de cada uma dessas substâncias, servindo também para o acompanhamento do tratamento.
Os exames de sangue podem demonstrar a presença de inflamação das células do fígado, configurando a esteatohepatite. Os exames que demonstram essa inflamação são a TGO (AST) e TGP (ALT). Além desses, há outros exames que devem ser pedidos para avaliar os fatores de risco e doenças associadas.
Para o acompanhamento da esteatohepatite, está indicada a realização periódica de elastografia, que pode ser realizada através do Fibroscan, ultrassonografia ou ressonância magnética. Esse método avalia a evolução da esteatohepatite para cirrose, uma vez que consegue medir o grau de endurecimento do fígado causado pela inflamação crônica.
Em alguns casos, o médico pode optar pela biópsia hepática, um procedimento invasivo que consiste em retirar um pequeno pedaço de tecido do fígado através de uma agulha grossa e enviar o material para o laboratório avaliar.
Tratamento e prevenção
Infelizmente ainda não existem medicamentos próprios para reduzir a concentração de gordura no fígado nem a inflamação associada. A melhor forma de tratar e prevenir a gordura no fígado é mantendo hábitos saudáveis. Pesquisas mostram que o sobrepeso e o sedentarismo aumentam significativamente os riscos de ter a doença, e por isso alimentar-se de forma saudável e praticar atividades físicas são as maiores recomendações.
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1 Comment
Preciso fazer uma ressonância , eu gostaria de saber se vcs aceitam convênio