
Quando a ressonância magnética é indicada?
15 de maio de 2018
Qual a importância da Tomografia no diagnóstico clínico?
29 de maio de 2018O que é a Elastografia?
A Elastografia é uma modalidade de exame que mapeia as propriedades elásticas e a rigidez de um determinado tecido.
Técnicas de diagnóstico por imagem baseados na Elastografia tem recebido atenção especial nos últimos anos por fornecerem uma alternativa não invasiva para a avaliação das propriedades mecânicas dos tecidos.
Essas técnicas se aproveitam do fato de que um tecido, quando doente, tem suas propriedades modificadas. A análise dessas propriedades pode ser feita de forma qualitativa, montando mapas coloridos, e de forma quantitativa, em números, permitindo diagnósticos mais precisos de diversas patologias.
Vantagens da Elastografia
A ideia principal por trás dessa técnica é que a elasticidade do tecido examinado pode ser alterada diferentes doenças. Por exemplo, geralmente, cânceres são mais densos, mais rígidos que os tecidos ao seu redor. O mesmo acontece com o fígado com cirrose, que fica bem mais duro que o órgão sem doença.
De forma bastante simplificada, a Elastografia funciona como um exame de toque de mamas, quando uma mulher consegue identificar um nódulo na mama apenas pela palpação. A partir do tato, ela pode perceber que se trata de uma região mais endurecida. Entretanto, nem todas as lesões podem ser palpadas e a interpretação dessa dureza depende de quem faz a palpação.
A Elastografia é capaz de fazer o mesmo, só que com a vantagem de poder ser aplicada a áreas muito pequenas e em áreas que não podem ser alcançadas pelo toque, como o fígado. Além disso, essa técnica, aliada à exames de imagem, consegue fornecer avaliações precisas dessas regiões corporais de forma não invasiva e sem dor.
Quais são os métodos de utilização da Elastografia
As estratégias mais comuns que utilizam dessa técnica envolvem o uso do ultrassom e da ressonância magnética.
Os métodos que utilizam o ultrassom como base tem como vantagens ser um exame rápido, de menor custo e que pode ser realizado em crianças sem necessidade de anestesia.
Esse tipo de técnica pode ser usada para o diagnóstico de doenças ou para guiar biópsias, sempre fazendo a comparação com uma imagem de um órgão normal, que deve ser conhecida pelo profissional examinador.
Aplicações clínicas da Elastografia por Ultrassom
Algumas das principais aplicações da Elastografia na prática clínica atual incluem:
- Avaliação de doenças no fígado, com classificação do nível de fibrose e cirrose hepática, e para guiar o tratamento e permitir um melhor manejo da condição;
- Avaliação de nódulos mamários, ajudando no diagnóstico de câncer de mama, principalmente com o objetivo de diferenciar tumores malignos de tumores benignos;
- Avaliação de nódulos na glândula tireóide, também ajudando na diferenciação entre nódulos benignos e câncer;
- A avaliação dos rins, na Doença Renal Crônica, e a identificação de fibrose no tecido renal, bem como a caracterização de lesões focais.
- Avaliação de linfonodos anormais em condições malignas de linfonodos anormais em condições benignas;
- Avaliação do grau de fibrose nos músculos e tendões.
A utilização da Elastografia possui efetividade comprovada em diversas condições. No entanto, por ser uma técnica nova, pesquisas ainda são necessárias, principalmente com o objetivo de desenvolver parâmetros padronizados que permitam a comparação de valores e a criação de novas soluções para as atuais limitações do uso dessa técnica.
Apesar disso, o uso da Elastografia possui um grande potencial para diversas aplicações clínicas, e o desenvolvimento dessa técnica poderá levar ao aprimoramento de sua utilização e à difusão do conhecimento sobre a mesma.