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2 de janeiro de 2018Introdução ao câncer de próstata
O câncer de próstata é o segundo mais comum nos homens e o responsável pela morte de 13 homens por ano no Brasil. A cada 7 homens, 1 irá ser diagnosticado com câncer de próstata em sua vida.
O rastreamento é feito pelo toque retal e pela dosagem do PSA no exame de sangue. Quando houver alteração em um dos dois, haverá a suspeita de câncer de próstata. Nesse caso, a Ressonância Magnética Multiparamétrica da Próstata pode trazer grandes vantagens na detecção, localização e extensão de um possível tumor.
Nem todo câncer de próstata precisa ser operado e tratado com quimioterapia, radioterapia ou bloqueio hormonal. Existem graus de agressividade, ou de malignidade, do tumor que é classificado pela biópsia (Escala de Gleason). Esta análise só pode ser feita pela biópsia. Entretanto, quando não é encontrada área suspeita pela Ressonância Magnética Multiparamétrica da Próstata, a biópsia pode ser evitada no primeiro momento pois, se houver um câncer, provavelmente ele é do tipo menos agressivo, podendo ser acompanhado anualmente – Vigilância Ativa.
Quais as vantagens da realização da ressonância magnética da próstata?
- Nem todo nódulo palpável é câncer e nem todo aumento do PSA ocorre por câncer! Portanto, a Ressonância Magnética da Próstata pode ser utilizada para verificar se realmente há alguma área suspeita para câncer na próstata que mereça realmente ser biopsiada;
- Quando há a suspeita de câncer de próstata deve-se realizar a biópsia. Entretanto, a biópsia geralmente é realizada “às cegas”, ou seja, é colhido material aleatório de 12 agulhadas que é capaz de avaliar apenas uma pequena amostra da próstata. Dessa maneira, há um risco razoável de haver câncer na próstata e não ser detectado pois a biópsia não atingiu o local do câncer. A Ressonância Magnética da Próstata tem importante papel em detectar o local onde pode estar o câncer para que a biópsia seja feita no lugar suspeito, diminuindo a necessidade de biópsias repetidas e evitando que a biópsia seja feita em pacientes que não apresentam área suspeita para câncer.
- Não basta saber que um câncer está presente na próstata! Precisamos saber qual seu tamanho, onde ele está, se cresce para fora da próstata, se invade outros órgãos e sem tem metástases para os linfonodos (gânglios). Essa é outra grande vantagem de se realizar a Ressonância Magnética Multiparamétrica da Próstata, pois, através das imagens geradas, conseguimos dar todas essas informações que serão de extrema importância no planejamento do tratamento.
Quando a ressonância magnética da próstata pode ser realizada?
- Como explicado anteriormente, recomendamos que a Ressonância Magnética Multiparamétrica da Próstata seja realizada sempre que houver a suspeita de câncer de próstata, seja através do aumento do PSA, seja através de alguma alteração percebida pelo médico durante o toque retal. Também é recomendada a realização da ressonância magnética quando já houver o diagnóstico de câncer para poder planejar o melhor tratamento para cada caso.
Quais as contra-indicações para a realização da ressonância magnética da próstata?
- As contra-indicações absolutas são as mesmas para qualquer exame de ressonância magnética e incluem: marcapasso cardíaco, desfibrilador implantável, implantes cocleares, fixadores ortopédicos metálicos, neuroestimuladores e moduladores, cateteres com eletrodos ou com dispositivo eletrônico, monitor de pressão intracraniana, clipes de aneurisma ferromagnético, corpo estranho metálico intra-ocular, e Clamp carotídeo do tipo Poppen-Blaylock.
Na verdade, qualquer artefato metálico deve ser informado para que cada caso seja analisado. Hoje existem muitos produtos que são compatíveis com a Ressonância Magnética. Por isso, é muito importante guarder o certificado de garantia do fabricante quando houver algum desses dispoitivos para podermos saber se são ou não compatíveis.
Como é feita a ressonância magnética multiparamétrica da próstata?
- Existem duas maneiras da Ressonância Multiparamétrica da Próstata ser feita. De acordo com o Colégio Americano de Radiologia, o exame pode ser realizado sem bobina endorretal em aparelhos de Ressonância Magnética de 1.5 Tesla ou 3.0 Tesla de última geração e com configuração topo de linha, ou com bobina endorretal em aparelhos de Ressonância Magnética de 1.5 Tesla com configurações inferiores.Como dificilmente os pacientes terão acesso às informações necessárias para julgar a qualidade dos aparelhos, é de extrema importância realizar seu exame em local de referência, que conte com a sua confiança e do médico solicitante. A bobina endorretal é um aparelho introduzido pela via anal, após lubrificação adequada com anestésico, que serve para melhorar a qualidade da imagem. Naturalmente, há um incômodo na introdução da bobina, mas nada que costume impedir a realização do exame.
Na Tesla, nosso aparelho de Ressonância Magnética apresenta a melhor configuração comercialmente disponível, o que nos capacita a realizar o exame de Ressonância Magnética da Próstata sem a bobina. Mas também dispomos da bobina endorretal para casos especiais, onde queremos aumentar ainda mais a qualidade da imagem.
Com ou sem a bobina, o paciente sera posicionado no interior da máquina, será administrado um contraste na veia e o exame demora cerca de 40 minutos. Para maiores detalhes veja nosso artigo específico de como funciona a Ressonância Magnética.
Procure seu medico e converse com ele sobre essa estratégia para detecção e caracterização das lesões quando houver a suspeita de câncer de próstata.
Sinta-se a vontade para conversar com o nosso médico radiologista especialista em imagem da próstata para esclarecer suas dúvidas.